Quando o Rodolfo Capler pediu para me entrevistar para a Revista Veja – cujo conteúdo agora se torna este livro feito das conversas com personalidades diferentes, tanto do mundo religioso, quanto também, do universo secular, incluindo pensadores e pensadoras das realidades que fazem intersecção ao tema prevalente, inequivocamente focado na presença dos evangélicos nas eleições de 2022 no Brasil –, tive uma das melhores surpresas na minha história de entrevistas sobre teologia e igreja, e suas implicações no todo da sociedade. A razão principal, além da inteligência intuitiva do Rodolfo, veio da percepção logo detectada por mim, quanto à realidade de que meu entrevistador era sutilmente versado em teologia e religião em geral, com particular conhecimento das idiossincrasias dos grupos evangélicos. Ora, isso me deu um total descanso em relação ao fato de eu ganhar a certeza de estar sendo muito bem compreendido. Na realidade, só fui formalmente informado pelo Rodolfo sobre sua formação teológica e eclesiástica após nossa entrevista ter sido concluída.