Descrição
ISBN 978-85-68252-09-3
208 p.
O estudo da história do protestantismo é uma tarefa árdua, mas extremamente necessária. Após o alto índice de crescimento do campo pentecostal e neopentecostal nas últimas décadas do século passado, a produção sociológica aumentou, houve um grande interesse dentro das pesquisas em ciência política e a antropologia realizou estudos monográficos interessantes. Contudo, a historiografia permaneceu sofrendo de desnutrição. Clio, a musa multissecular dos historiadores, parece continuar desgostosa com essas manifestações do “eterno”, do “transcendente”, do indefinível sagrado que forma aquilo que denominamos de religião.
Consideremos que há, também, certa rejeição por parte das instituições eclesiásticas. Uma antropóloga pode assistir a um culto, descrevê-lo com minúcias, analisar seus ritos, gestos, símbolos, mas os historiadores de ofício dependem dos documentos e estes estão, quando existem, sob a guarda de poderosas lideranças. Estas preferem as vozes laudatórias, os escritos comemorativos e a produção de biografias que transformam fundadores em santos hagiografados.
Então, o estudo feito por João Pedro surge rompendo tais barreiras. Isso é fartamente demonstrado pelo domínio da temática, pela cuidadosa interpretação das fontes e pelo panorama traçado deste que ainda é um certo desconhecido de nossa arena social. Destaque-se a ênfase dada na denominação Batista, que carece grandemente de uma abordagem geral que enfatize seus aspectos identitários. Mesmo dentro do campo evangélico, esse grupo é considerado fechado em sua mentalidade e, apesar da importância numérica e da presença em várias áreas, não teve apreço em cultivar o conhecimento de seu passado.
Avaliações
Não há avaliações ainda.