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Arqueologia Crítica e Humanista

ISBN: 97865803423

R$ 59,90

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Categoria:

Descrição

As últimas décadas testemunharam mudanças substanciais na Arqueologia. Em primeiro lugar, multiplicaram-se os campos de estudos, tanto em termos cronológicos, como em categorias de objetos de estudo. No primeiro caso, a Arqueologia do Mundo Contemporâneo mostra uma disciplina cada vez mais preocupada com o presente, sem abdicar das épocas mais recuadas. Cresceram os objetos de estudo especializados, que incluem moedas, ânforas, tijolos, pinturas, sepulturas, mas também fíbulas e bonecas. Nada disso faz sentido se não chegar ao público e se não houver uma análise dos aspectos sociais e políticos das práticas, característica da Arqueologia Pública. Neste sentido, pode afirmar-se que não se pode prescindir da reflexão teórica e metodológica, para que não se fique apenas no senso comum. O próprio sentido dessas duas expressões, teoria e método, indicam-nos que o conhecimento depende sempre do ponto de vista – de onde deriva o conceito mesmo de teoria-, da perspectiva. Não se pode conhecer nada senão pela mediação do sujeito de conhecimento. Daí que se imponha a reflexão sobre as perspectivas, sobre os recursos heurísticos que são agenciados na pesquisa. Caso contrário, corre-se o risco de transformar o desconhecimento e a falta de interesse pela epistemologia em defesa de um vale tudo que não procura conhecer as próprias bases do conhecimento do mundo material. Atitude arrogante que esconde seus próprios limites. A teoria serve para estudar e propor tipologias, por exemplo, para separar percepções por meio de critérios, como na raiz da krisis (separação), muito além da simples descrição da opinião (doxa) das pessoas. Para que se possa refletir sobre as perspectivas, é necessário analisar os caminhos, sentido original de método. Também, aqui, separar sentido original do étimo grego (analysis) é procedimento básico, para que possa superar uma descrição ingênua, irrefletida, da opinião. Desconsiderar teoria e método é, pois, desconhecer o problema central do conhecimento: o sujeito que observa e os seus critérios de classificação do mundo. Como já dizia Sócrates (Platão, Apologia de Sócrates, 38) A är íåîÝôáóôïò âßïò ou âéùôxò íèñþðó, “a vida não examinada não vale a pena ser vivida”.

Informação adicional

Peso 0,180 kg
Dimensões 16 × 1 × 23 cm
Escrito por

ISBN

97865803304232

PAGINAS

211

PUBLICAÇÃO

2021

IDIOMA

PORTUGUÊS

ORIGEM

BRASIL

EDITOR

EDUARDO

SELO

FONTE EDITORIAL

ACABAMENTO

FOSCO

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