É Kierkegaard que André Farias vem situar, em posição de interlocutor, para tematizar uma maneira de viver o inverno. Tal escolha pode surpreender. Kierkegaard é o homem da interioridade, um ser solitário, mal adaptado à sua época, deslocado, como se o mundo no qual vivia lhe parecesse sempre uma terra um pouco estrangeira. Ora, é justamente isso que confere a Kierkegaard autoridade: essa maneira de experimentar até o mais profundo dele mesmo, aquilo que está fora do lugar, aquilo que não se encaixa muito bem, aquilo que cria tensões, aquilo que apresenta falhas. Não para satisfazer-se, mas para fazer da existência uma tarefa, um esforço para viver em verdade. Kierkegaard sustentará em todo o tempo que a verdade é aquilo que não se pode encontrar senão desfalecendo-se sobre ela. A verdade não é o que se pode armazenar em um todo coerente. Ela é aquilo que fratura os saberes constituídos e as lógicas da totalidade. De uma determinada maneira, Kierkegaard é inatual no sentido de que não está adaptado ao seu tempo, de que não está totalmente identificado à sua época nem aos seus ideais. Justamente por isso que lhe é permitido pensar inusitadamente aquilo que será o seu grande tema, sua grande questão:
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É Kierkegaard que André Farias vem situar, em posição de interlocutor, para tematizar uma maneira de viver o inverno. Tal escolha pode surpreender. Kierkegaard é o homem da interioridade, um ser solitário, mal adaptado à sua época, deslocado, como se o mundo no qual vivia lhe parecesse sempre uma terra um pouco estrangeira. Ora, é justamente isso que confere a Kierkegaard autoridade: essa maneira de experimentar até o mais profundo dele mesmo, aquilo que está fora do lugar, aquilo que não se encaixa muito bem, aquilo que cria tensões, aquilo que apresenta falhas. Não para satisfazer-se, mas para fazer da existência uma tarefa, um esforço para viver em verdade. Kierkegaard sustentará em todo o tempo que a verdade é aquilo que não se pode encontrar senão desfalecendo-se sobre ela. A verdade não é o que se pode armazenar em um todo coerente. Ela é aquilo que fratura os saberes constituídos e as lógicas da totalidade. De uma determinada maneira, Kierkegaard é inatual no sentido de que não está adaptado ao seu tempo, de que não está totalmente identificado à sua época nem aos seus ideais. Justamente por isso que lhe é permitido pensar inusitadamente aquilo que será o seu grande tema, sua grande questão:
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